segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Reencontros com "O Outro: memórias, poder e identidades"

Nesse segundo semestre de 2016, voltamos para mais um encontro do Grupo de Estudos Culturais na Amazônia. A discussão foi feita com base na primeira unidade do planejamento chamada O Outro: Memórias, Poder e Identidades.

O debate foi iniciado com o texto Contar histórias: um diálogo com o outro de Cléria Costa. Posteriormente foi debatido o texto Historia oral e narrativa: tempo, memória e identidades de Lucilia Delgado. E concluímos com o texto recentemente publicado  de Stuart Hall, O Ocidente e o Resto: Discurso e Poder. Esses três textos abriram caminhos reflexivos sobre as áreas da História, Antropologia, Educação e outras. Dialogamos sobre  memória, identidade e poder na encruzilhada da criação do "Ocidente" e do "Não Ocidente".

Passagens dos textos:



Compreender o contar histórias como uma narrativa tangenciada por diferentes temporalidades, ou seja pela memória, bem como uma forma de reconhecimento do outro. Cléria Costa, 2014.

Na escola os colegas me chamam de cabelo de bucha, de cabelo de Bombril, caçoam muito de mim. Por isso só vou à escola de cabelo preso. Queria poder soltar meu cabelo. Quero alisar ele para ficar bonita... (Maria, 10 anos, interlocutora de Cléria Costa.
O passado apresenta-se como vidro estilhaçado de um vitral antes composto por inúmeras cores e partes. (...) Compete à História evitar que o ser humano perca referências fundamentais à construção das identidades em curso, esteios fundamentais do auto-reconhecimento da mulher e do homem como sujeitos de sua história. Lucilia Delgado, 2003.

Uma vez elaborada a ideia de OCIDENTE, ela por si só, tornou-se produtiva. Provocou efeitos reais: possibilitou que pessoas falassem sobre certas coisas de certas maneiras. Produziu conhecimento. Tornou-se, duplamente o fator organizador em um sistema de relações globais de poder e o conceito organizador ou termos em uma forma inteira de pensar e falar.  Stuart Hall, 2016. 

Os excertos acima são memórias da calorosa discussão realizada hoje na retomada das atividades do Grupo de Estudos Culturais na Amazônia (GECA/CNPq/UFPA). Uma tarde de muitas aprendizagens para as pesquisas em curso e para a vida. Dia 14/11, mergulharemos no tema APRENDIZAGENS EM ANTROPOLOGIA

Nossos planos e textos de estudos estão disponíveis no blog.


Nesse semestre, novos integrantes entraram para o GECA. Tod@s são bem-vind@s!

Agenor Sarraf






Integrantes GECA-2016